A presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), entidade mantenedora do Hospital Araújo Jorge, médica radioterapeuta Criseide Castro Dourado, alega que sempre manteve um canal de diálogo com os médicos da unidade. Na plenária realizada no Cremego no dia 16 de setembro para debater as condições de trabalho no hospital, os médicos se queixaram da falta de negociações com a ACCG. “Não falta diálogo com o corpo clínico”, garante a presidente, que assegura repassar às chefias de departamentos do hospital todas as decisões relacionadas ao trabalho dos médicos, como as orientações recebidas do Ministério Público Estadual em relação ao atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sem poupar elogios ao corpo clínico do hospital, que classifica como seleto, qualificado e fundamental para o bom funcionamento do Araújo Jorge, Criseide Castro afirma que precisa do apoio desses profissionais. Ela explica que a ACCG enfrenta sérias dificuldades financeiras, agravadas por problemas como atrasos nos pagamentos de alguns convênios. Com um déficit mensal de cerca de R$ 400 mil, a Associação não vem conseguindo cumprir compromissos, como o pagamento de fornecedores e o repasse aos médicos dos valores devidos por convênios e depositados diretamente na conta da ACCG. “São convênios pequenos, que representam a menor parte da receita dos médicos”, diz a presidente, que garante que os salários pagos aos profissionais pela Associação são quitados rigorosamente em dia. Criseide Castro afirma que tem buscado alternativas, como novas fontes de financiamento, empréstimos e o reajuste dos valores pagos pelos convênios, para sanar o problema. “Mas, não são problemas que resolvemos de uma hora para outra”, lamenta. Ela diz que tem conseguido atender 90% das reivindicações dos médicos e pede a compreensão do corpo clínico para garantir o funcionamento do Hospital Araújo Jorge.
Presidente da ACCG fala sobre queixas dos médicos do Hospital Araújo Jorge
14/10/2010 | 03:00