A gestão de crises em urgência e emergência foi abordada pelo médico espanhol Carlos Alvarez Leiva em uma palestra ministrada no auditório do Cremego no dia 25 de janeiro. Diretor e criador do Samu de Sevilha (Espanha), o médico é coronel do Exército e um pioneiro na organização de missões em situações de catástrofe com atuação na Bósnia, Irã, Iraque, Kosovo, Haiti, Moçambique e outros países.
E foi um pouco de sua experiência no atendimento a vítimas de guerras, enchentes, terremotos e outras catástrofes, que ele apresentou ao público formado por cerca de 150 médicos, demais profissionais de saúde e do Corpo de Bombeiros. A palestra foi promovida pelo Cremego em parceria com a PUC-Goiás e Samu Internacional.
Carlos Alvarez Leiva ressaltou ser um privilégio para ele ministrar essa palestra e destacou que a organização, pronto-atendimento e logística são os pilares da gestão da crise e do bom atendimento em casos de catástrofe e urgência. Segundo ele, todos os membros da equipe devem trabalhar em conjunto e a partir dos mesmos conceitos.
O objetivo da palestra era capacitar profissionais da área da saúde para a identificação dos problemas, a assistência em casos de catástrofe e desastres e o gerenciamento de crises nos atendimentos de urgência e emergência.
Conselheiros falam sobre crise em Goiás
Representando o Cremego no evento, o conselheiro Robson Azevedo, que já integrou a missão internacional para o socorro às vítimas do terremoto de 2010 no Haiti, agradeceu a presença do palestrante e do público. Ortopedista e traumatologista, o conselheiro, que lida diariamente com o atendimento ao trauma, ressaltou que a palestra vem reforçar a tese que Goiás precisa aprimorar a assistência nas áreas de urgência e emergência. Ao promover essa palestra e levar informações aos profissionais de saúde, o Cremego, segundo ele, espera contribuir com essa melhoria.
O diretor de Fiscalização do Cremego e coordenador do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), Ciro Ricardo Pires de Castro, aprovou a palestra. Ele observou que os atendimentos de urgência ainda são um grande desafio para todos e que Goiás vivencia uma catástrofe permanente devido às dificuldades para o atendimento aos casos de urgência e à falta de planejamento estratégico.