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Conselho Regional de Medicina

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Em uma solenidade realizada no dia 25 de agosto, na sede do Cremego, a classe médica e a sociedade puderam conhecer um pouco mais sobre o trabalho literário dos médicos e escritores Buchner da Rosa Sampaio, César Baiocchi, Gil Eduardo Perini, Heitor Rosa, Hélio Moreira, João Ribeiro de Moura, João Rosa do Espírito Santo, Joffre Marcondes de Rezende, José Alejandro Arce Mejia Filho, Laércio de Sousa Majadas, Luiz Carlos Martins de Morais e Solimar Moisés de Sousa. O trabalho do médico, escritor e teatrólogo Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães, morto em novembro de 2009, também foi lembrado na solenidade. O evento reuniu diretores e conselheiros do Cremego, amigos e parentes dos médicos homenageados, artistas e escritores goianos, a secretária Estadual de Educação, Milca Severino, o secretário de Saúde de Goiânia, Paulo Rassi, que representou o prefeito Paulo Garcia, e a secretária Estadual de Saúde, Irani Ribeiro de Moura, representante do governador Alcides Rodrigues. Em entrevista à imprensa e falando a todos que prestigiaram a solenidade, o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, ressaltou que essa homenagem aos médicos escritores é a primeira de uma série de eventos culturais que o Conselho pretende promover para mostrar à sociedade o trabalho dos médicos além dos consultórios. Ele explicou que não foi fácil elaborar a lista do primeiro grupo de médicos escritores que teriam suas obras apresentadas no Cremego. “Primeiro, tivemos de buscar esses médicos escritores em um universo de mais de 10 mil profissionais inscritos no Conselho. Depois, tivemos de selecionar, entre tantas obras de muitos deles, aquelas que seriam relançadas nesta data”, declarou, adiantando que o Cremego já prepara a relação de outros escritores que serão convidados para a próxima solenidade. Falando em nome dos médicos, o coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo, Hélio Moreira, que é presidente da Academia Goiana de Letras, agradeceu ao Cremego e aos colegas. “Fico honrado por ter sido escolhido pelos meus pares para representá-los nessa solenidade”, disse Hélio Moreira, que destacou um pouco do trabalho literário de cada médico escritor. Saiba mais sobre os médicos escritores e os livros que apresentados na solenidade: Buchner da Rosa Sampaio (Destinos Cruzados) Natural de Catalão, o médico ginecologista Buchner da Rosa Sampaio tem 74 anos de idade. Formado em 1960 pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (RJ), ele se mudou para Goiânia em 1961. Aqui, exerceu a medicina e o magistério, sendo professor-doutor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Dedicou-se também à literatura. Poeta, escreveu e publicou no início deste ano “Não Quero” e “Destinos Cruzados”. Em breve, fará sua estreia na prosa com o livro “O Ato”, em fase final de edição. César Baiocchi (Boa Ação e outros contos) Nascido na cidade de Goiás, César Baiocchi tem 82 anos de idade e formou-se em medicina em 1952. Trabalhou por muitos anos no Paraná e no Distrito Federal, onde ajudou a criar a Associação Psiquiátrica de Brasília. Dedicou-se também à política, a atividades empresariais e, para a sorte dos leitores, à literatura. Atualmente, César Baiocchi mora em Goiânia. É dele o livro “Boa Ação e outros contos”, uma obra que encanta, diverte e surpreende o leitor e comprova o talento do médico escritor. Gil Eduardo Perini (O pequeno livro do Cerrado) Natural de Igarapava, no interior paulista, Gil Eduardo Perine, de 63 anos de idade, mora em Goiânia desde 1955. Aqui, se formou em medicina, em 1970, na Universidade Federal de Goiás. Especialista em Cardiologia e Medicina Desportiva, é professor de clínica médica da Faculdade de Medicina da UFG. As atividades acadêmicas e o trabalho no consultório não o impediram de se dedicar também à literatura. Um pouco do resultado do trabalho literário do médico Gil Eduardo Perine pode ser conferido na obra “O pequeno livro do Cerrado”. Outro livro do escritor, “O afinador de passarinhos”, já está em fase de edição. Heitor Rosa (Histórias da Creusa) Heitor Rosa nasceu em Urutaí e reside em Goiânia. Médico, doutor em medicina e professor titular de Gastroenterologia e ex-diretor da Faculdade de Medicina de UFG, Heitor Rosa, de 70 anos de idade, é autor de mais de 40 trabalhos científicos, membro de várias sociedades e revistas científicas nacionais e internacionais e membro fundador da Sociedade Brasileira de História da Medicina. Na literatura, o médico escritor assina obras premiadas e consagradas, como as divertidas “Histórias da Creusa”. Em cada crônica e conto desse livro, o leitor encontra uma receita muito eficaz de diversão. Hélio Moreira (Deixe-me contar enquanto me lembro) Médico, doutor e professor titular aposentado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, o coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo, Hélio Moreira nasceu em Alfenas (MG). Autor de livros e trabalhos científicos publicados no Brasil e em outros países, Hélio Moreira tem 72 anos de idade e é autor também de grandes obras literárias, entre livros de memórias, romance e crônicas. Presidente da Academia Goiana de Letras, o médico escritor Hélio Moreira é um patrimônio da literatura goiana e é dele a coletânea de crônicas “Deixe-me contar enquanto me lembro”. Em uma das crônicas desse livro, escrita em 1992 para o filho que se formava em medicina, Hélio Moreira dá um grande recado aos jovens médicos. João Ribeiro de Moura (Eu era feliz e não sabia) Formado pela Faculdade de Medicina da UFG em 1978, João Ribeiro de Moura nasceu em Corrente, no Piauí. Especialista em otorrinolaringologia, mestre em Ciências Médicas, João Ribeiro de Moura, de 64 anos de idade, tem uma grande atuação na área médica, tendo sido um dos fundadores da Unimed Goiânia, da Unicred e da Cooperativa dos Otorrinolaringologistas do Estado de Goiás. Além da medicina, ele se dedica também às artes plásticas e à literatura. No ano passado, fez sua estreia literária com o lançamento do livro “Eu era feliz e não sabia”, uma autobiografia que fala sobre as conquistas e as dificuldades enfrentadas pelo autor. Um exemplo de superação de obstáculos e um estímulo à autoestima. João Rosa do Espírito Santo (Só rindo, doutor!) Cardiologista, mestre em Ciências Médicas e professor adjunto da Faculdade de Medicina da UFG, João Rosa do Espírito Santo nasceu em Orizona. Aos 59 anos de idade, ele é autor de mais de uma dezena de trabalhos científicos e fez sua estreia na literatura, no gênero prosa, com o livro “Só rindo, doutor!”. O livro traz pequenas e hilariantes histórias, a maioria tendo como cenário o consultório do próprio autor e sua relação com os pacientes. Segundo João Rosa, a obra é um despretensioso convite à alegria e ao riso. Joffre Marcondes de Rezende (Linguagem Médica) Pioneiro da medicina goiana, um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, da Academia Goiana de Medicina, das Sociedades Goiana de Gastroenterologia, Brasileira de Medicina Tropical e Brasileira de História da Medicina, Joffre Marcondes de Rezende tem 89 anos de idade. Mineiro de Piumhi, além da reconhecida atuação nas áreas clínica e de pesquisa, ele é autor e co-autor de vários artigos e capítulos de livros da área médica publicados no Brasil e no exterior. É também autor do livro Linguagem Médica. A obra é uma leitura obrigatória não só para os médicos e acadêmicos de medicina, mas para todos que querem saber mais sobre termos e expressões da linguagem médica usados no dia-a-dia. José Alejandro Arce Mejia Filho (Cânticos) Nascido em Goiânia, José Alejandro Arce Mejia Filho, de 46 anos de idade, é filho do médico Jose Alejandro Arce Mejia e de Carolina Medeiros Arce Mejia. A música e a literatura sempre fizeram parte da vida desse médico, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e Cirurgia Geral e pós-graduado em Medicina do Trabalho e Auditoria em Saúde. Pianista erudito, ele é autor do livro “Cânticos”, obra que reúne poemas escritos em diversos momentos da vida do autor e é dedicado ao filho dele, Nicolas, nascido em 2009, e uma homenagem ao pai, José Alejandro Arce Mejia, um pioneiro da medicina no Norte goiano, que faleceu no ano passado. Laércio de Sousa Majadas (Pescador de Mim) Natural de Goiânia, o médico pediatra Laércio de Sousa Majadas, de 45 anos de idade, foi criado no interior de Minas Gerais, em Ituiutaba. Mas, foi de volta a capital goiana, que ele cursou medicina e aqui também ensaiou seus primeiros versos. Com poemas premiados em festivais, Laércio de Sousa Majadas publicou seu primeiro livro no início deste ano: “Pescador de Mim”, reúne um conjunto de poemas do médico, poeta e apaixonado por pescaria. Luiz Carlos Martins de Morais (Síndrome de Deus) Formado pela Faculdade de Medicina da UFG, o cirurgião geral Luiz Carlos Martins de Morais nasceu Paraúna. Trabalhou em Goiânia até 1999 e, atualmente, reside e trabalha em Goiatuba. No livro “Síndrome de Deus”, Luiz Carlos, de 56 anos de idade, conta a história de um médico inteligente e bem-sucedido, que entra na profissão com entusiasmo, mas não consegue administrar o sucesso, se envolve numa série de problemas e, ao final, se vê frustrado, doente e incapacitado para reagir contra o furacão que toma conta de sua vida. Solimar Moisés de Sousa (Dicionário Politicamente Incorreto) Nascido em Goiânia, o oftalmologista Solimar Moisés de Sousa é professor do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFG e ex-presidente da Sociedade Goiana de Oftalmologia. O interesse desse médico, de 55 anos de idade, pela literatura e o bom-humor ficou evidente ainda na fase de acadêmico de medicina, quando foi um dos autores do humorístico Show do Esqueleto. Autor de livros, como o “Manual de filosofia de buteco” e “Diário de um homem de meia idade”, Solimar Moisés de Sousa assina também o “Dicionário Politicamente Incorreto”, que traz definições próprias, inusitadas e divertidas do autor para palavras e expressões da língua portuguesa. Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães (Perau) Natural de Paratinga, na Bahia, Carlos Fernando Filgueiras de Magalhães, nasceu em 17 de outubro de 1940 e se mudou para Goiânia na década de 1960. Formou-se em Medicina pela UFG em 1967 e logo se consagrou como um exemplo para os colegas médicos e alunos da Faculdade de Medicina, graças à sua dedicação à profissão e zelo com os pacientes. Entre a classe médica, será sempre lembrado por essa competência, ensinamentos e ética. Mas, Carlos Fernando, morto em novembro passado, foi também artista, escritor e pesquisador de múltiplos talentos e deixou u grande legado na área cultural.

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