O livro “Dos primeiros tempos da saúde pública em Goiás à Faculdade de Medicina”, da historiadora e escritora Maria Augusta de Sant´Anna Moraes, será lançado no Cremego no dia 29 de agosto
Um panorama histórico da evolução das práticas e costumes, das instituições e dos profissionais de saúde em Goiás do século XVIII até os anos 50 do século XX. É o que o leitor vai encontrar no mais novo livro da historiadora e escritora Maria Augusta de Sant´Anna Moraes, que será lançando no dia 29 de agosto, às 20 horas, na sede do Cremego.
A obra, intitulada “Dos primeiros tempos da saúde pública em Goiás à Faculdade de Medicina”, é fruto de muito trabalho e anos de pesquisas e o resultado, seguramente, vai agradar não só aos profissionais e interessados na área médica, mas a todos que apreciam uma boa leitura.
Para melhor valorizar a realidade atual, Maria Augusta de Sant’Anna Moraes convida o leitor a olhar para trás e conhecer os árduos caminhos percorridos pela medicina em Goiás. A autora traz a exemplaridade das histórias de conquistas realizadas com esforço, destacando o papel fundamental exercido por profissionais destemidos e idealistas.
Em quatro capítulos e seguindo uma linha cronológica, o livro resgata as primeiras tentativas de construção de políticas públicas na área de saúde em Goiás, discutidas de modo contextualizado e articulado aos esforços de implantação de políticas nacionais de saúde.
A obra recupera aspectos da economia, da política, da educação, da saúde e dos costumes no Estado, enfatizando a saúde pública, as dificuldades em contornar seus problemas, a precariedade dos meios disponíveis, assim como o papel decisivo de algumas instituições e de alguns pioneiros.
Maria Augusta de Sant’Anna Moraes observa que, até a primeira metade do século XX, fazia-se em Goiás “a medicina possível”. A transferência da capital, relata a autora, criou o chamado “efeito Goiânia na saúde pública do Estado”, o que possibilitou a criação das escolas de Enfermagem, Farmácia e Medicina, além da instalação de hospitais, avanços significativos e fundamentais para transformar a cidade em uma referência em várias especialidades médicas.
Saiba mais sobre a autora
Maria Augusta de Sant’Anna Moraes é goiana de Pouso Alto, hoje Piracanjuba, onde iniciou seus estudos. Ainda criança, veio para Goiânia como aluna interna do Colégio Santa Clara. Cursou o segundo grau no Colégio Santo Agostinho e graduou-se em História e Geografia pela Universidade Católica de Goiás, atual PUC-Goiás. Na pós-graduação, obteve os diplomas de Especialização em História do Brasil e Doutorado em História pela Universidade de São Paulo.
Ainda aluna da graduação, começou a lecionar no Instituto de Educação de Goiás, destacando-se por sua atuação modernizadora no ensino de Geografia e História. Professora universitária por muitos anos, pertence à Sociedade Brasileira de História da Medicina, ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, à Academia Goiana de Letras e à Academia Piracanjubense de Letras e Artes. Aposentou-se como professora da Universidade Federal de Goiás.
Entre suas principais publicações, destacam-se História de uma oligarquia: os Bulhões (1974); História de Goiás (1989), em parceria com Luis Palacín Gomes; e A presença do Tribunal de Justiça na história de Goiás (2011), em parceria com o escritor Ursulino Tavares Leão.
Atualmente, dedica-se à pesquisa documental, recorrendo não só às fontes tradicionais, como leis, arquivos e jornais, mas também à música, à literatura e às crônicas. Maria Augusta é viúva do médico Rubens Ferreira de Moraes, a quem dedica o livro “Dos primeiros tempos da saúde pública em Goiás à Faculdade de Medicina”.