Na manhã da segunda-feira (3), o Cremego recebeu o evento de lançamento do livro “Residência Médica no Brasil – A História do Cerem Goiás”, que conta a trajetória da Comissão Estadual de Residência Médica em Goiás.
A obra tem como autores o 1º Secretário do Cremego e presidente da Comissão, Waldemar Naves do Amaral, e os médicos Tárik Kassen Saidah, Evandro das Mercês Bittencourt Resque Júnior, Kassen Saidah e Guilhermo Sócrates Pinheiro de Lemos.
Na coordenação estão o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) José Hiran da Silva Gallo, a secretária executiva da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Viviane Cristina Uliana Peterle, e os médicos Juarez Antônio de Sousa e Sérgio Mota da Silva Júnior.
O presidente do Cremego, Fernando Pacéli, ressaltou a importância da obra. “Sabemos que a formação médica não termina com a graduação em medicina. Na verdade, a formatura na Faculdade de Medicina é apenas o início de uma trajetória que exigirá muito estudo e uma atualização constante”.
Segundo ele, vários cursos de pós-graduação enriquecem o currículo, mas só a residência médica assegura ao profissional o direito ao título de especialista.
Para a secretária executiva da CNRM, é importante debater constantemente sobre esses cursos, com as atualizações nos cenários vividos pela medicina. Isso foi feito no livro, que, de acordo com ela, tem uma relevância histórica para os acadêmicos do Estado de Goiás. “É fundamental falarmos de residência médica e nos lembramos da necessidade do conhecimento ampliado, da conexão temporal e da interface de seus elementos estruturais”.
O presidente do CFM, José Hiran Gallo, acrescentou que a formação médica tem uma continuidade de excelência com a residência. “A sistemática da residência médica é considerada o padrão ouro para a continuação dos estudos em medicina, com sua carga teórica e prática”.
Apesar do retorno que esse tipo de pós-graduação oferece ao Brasil, há alguns percalços, como falta de estrutura e equipamentos, demandas excessivas e lacunas nas equipes de saúde. Além disso, não há uma carreira específica para os preceptores. Outro desafio é evitar que a especialização reforce a concentração de médicos apenas em algumas áreas do país.
Todas essas questões e muitas outras são abordadas na obra “Residência Médica no Brasil – A História do Cerem Goiás”, como afirmou Gallo. “Foi possível produzir um material rico sobre o que enfrentamos na residência médica no país”. Ele declarou ainda que o CFM continuará se empenhando em melhorar cada vez mais a residência médica brasileira.
Um dos autores do livro, o vice-presidente da Cerem Goiás Tárik Kassen Saidah, explicou que um dos objetivos da obra é apoiar o trabalho da Comissão, valorizando os preceptores e em busca de sempre oferecer um ensino de qualidade aos residentes. “Atuamos uma linha de sucessão em que o próximo dá continuidade ao trabalho do antecessor. Assim, com o livro, conseguimos analisar como está sendo desenvolvido o nosso trabalho”.
Já para o conselheiro do Cremego e ex-membro da Cerem Goiás, Salomão Rodrigues, o livro é uma amostra das conquistas das instituições médicas de Goiás. “Apesar das grandes adversidades que temos enfrentado, as entidades médicas têm conseguido superar barreiras e proporcionar a melhor assistência à sociedade”.
A sistematização do histórico da residência médica, promovida pela obra, também é relevante, segundo o presidente da Academia Goiana de Medicina e ex-presidente da Cerem Goiás, José Reinaldo do Amaral. O livro irá perpetuar esse processo de estruturação das residências médicas em Goiás”.
O presidente da Cerem Goiás e um dos autores, Waldemar Naves do Amaral, adicionou ainda a tarefa de cultivar a história da residência médica em Goiás, que surgiu há mais de cinco décadas. “Por meio do formato físico ou eletrônico, o residente e as pessoas de entidades médicas poderão conhecer a importância dessa especialização”, resumiu.
Você pode conferir como foi o evento na live publicada no canal no Youtube do Cremego.
(Texto aprovado 1º Secretário/Cremego 03/04/23)