Em entrevista à TV Record e à Rádio CBN, na tarde desta segunda-feira (4), o presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, analisou o resultado de um levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que revelou que a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas conta com mais de 904 mil procedimentos. Para alguns pacientes, a espera se arrasta desde 2005, de acordo com dados repassados ao CFM pelas Secretarias de Saúde de dez capitais e 16 Estados, dentre eles Goiás.
Com 55.192 procedimentos represados, Goiás figura entre os três Estados com as filas mais extensas, perdendo apenas para Minas Gerais (434.598) e São Paulo (143.547). A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não enviou as informações ao CFM, mas os dados encaminhados pela Secretaria Estadual de Saúde apontam que a capital goiana conta com 23.657 procedimentos a serem realizados. Em Goiás, a maior demanda é por cirurgias de catarata: são aproximadamente 15 mil operações pendentes.
Para o presidente do Cremego, as principais causas desta fila vergonhosa são os baixos valores pagos pelo SUS, que muitas vezes sequer cobrem os custos dos procedimentos; o corte da complementação da remuneração feito em junho pela Secretaria Municipal de Saúde da capital, o que reduziu o valor pago aos prestadores de serviços de saúde ao previsto na defasada tabela do SUS, e o não encaminhamento dos pacientes aos hospitais públicos, filantrópicos e privados credenciados. Esse encaminhamento estaria sendo limitado pela Secretaria Municipal de Saúde para conter gastos.
Leonardo Mariano Reis observou que a morosidade no atendimento pode agravar o quadro do paciente e transformar casos eletivos em urgências. A solução do problema, segundo o presidente, passa por mais investimentos na saúde, com a correção da tabela do SUS, e por melhoria na gestão, com o encaminhamento dos pacientes que necessitam de atendimento.
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(Rosane Rodrigues da Cunha/Assessora de Comunicação – Cremego 04/12/17)