Diretores de entidades representativas da classe médica reuniram-se com o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Paulo Rassi, e reivindicaram a ampliação do número e do horário de atendimento das consultas eletivas na rede pública. Atualmente, as consultas são feitas em postos de saúde, Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais) e Centros Integrados de Assistência Médica e Sanitária (Ciams) das 7 às 19 horas. As entidades pleiteiam a ampliação até as 23 horas. Segundo o primeiro vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Salomão Rodrigues Filho, que participou da reunião, essa ampliação vai possibilitar o atendimento de um número maior de pacientes e daquelas pessoas que trabalham durante o dia e não têm condições de ir até as unidades de saúde.”Com o funcionamento noturno, elas poderiam ser atendidas nesse período”, diz Rodrigues Filho, para quem a medida vai reduzir as filas de espera por consultas eletivas. Ele explica que a ampliação do atendimento de urgência e emergência, com o funcionamento de 11 unidades durante 24 horas, já melhorou a assistência à saúde nessa área. Mas, quem precisa de consultas eletivas ainda tem de aguardar em longas filas. Com o aumento do número de consultas e do horário de atendimento, Rodrigues Filho diz que o paciente poderia agendar a consulta por telefone e só se dirigir à unidade para ser atendido. Hoje, o paciente vai ao centro de saúde, espera na fila e marca a consulta, que só será realizada dias depois. A ampliação também viabilizaria a redução das consultas represadas que em áreas como oftalmologia chegam a 12 mil. Outra reivindicação das entidades médicas ao secretário Paulo Rassi é a realização de um estudo para identificar os motivos do baixo envolvimento dos médicos no Programa de Saúde da Família (PSF). A rotatividade de médicos no PSF é alta, o que compromete a eficácia do programa, pois dificulta o vínculo entre o profissional e a comunidade atendida. As entidades colocaram-se à disposição da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para realizar esse estudo e, posteriormente, definir estratégias que estimulem a participação efetiva do médico no PSF. O secretário comprometeu-se a estudar as reivindicações apresentadas pelo primeiro vice-presidente do CRM, pelo presidente do Conselho, Iliam Cardoso dos Santos, pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás, Heitor de Freitas, pelo presidente da Associação Médica de Goiás, Eizeckson Brasil Gomides, e pelos diretores da AMG, Nabyh Salum e Robson Paixão Azevedo.