No sábado, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. A data foi designada pela ONU em 1975 como o Dia Internacional delas, mas bem antes disso, no século XX, já era celebrado um dia da mulher, sempre com o propósito de reivindicar melhores condições de vida. Muitas foram às conquistas sociais, políticas e econômicas ao longo dos anos e, sem dúvida, os cuidados com a saúde foram determinantes.
Cada vez mais a maioria das mulheres está mais e mais preocupada com sua saúde e qualidade de vida. E o câncer de mama deve ser um dos pontos centrais da preocupação da saúde feminina, já que é uma doença grave que, se descoberta tardiamente, pode levar à morte.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, estimou-se a incidência anual de aproximadamente 52 mil  casos novos em 2013 e um aumento para cerca de 57 mil para 2014, sendo que, em torno de 60% são diagnosticados em estágios avançados, apresentando uma curva de mortalidade que se mantêm numa inclinação ascendente.
Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é grande, levando algumas mulheres há perder um tempo precioso.

Os principais fatores que contribuem para o diagnóstico tardio são: pobreza de sinais e sintomas do câncer em sua fase inicial, enfatizando-se a ausência de dor local; ausência de autoexame e mamografia de rotina, apesar das constantes campanhas e orientação médicas; além do desconhecimento das reais possibilidades de cura e de informações outras inerentes à doença.

 

Hoje, no mundo, falamos em uma tríade que deve estar bem ajustada: autoexame de mamas todos os meses, após a menstruação; exames de imagem com máxima qualidade e consulta com o especialista. Câncer de mama tem cura se o diagnóstico for precoce.

A mamografia é utilizada no rastreamento (diagnóstico precoce) do câncer e ainda é o principal exame. Apesar de campanhas com posicionamentos controversos, a Sociedade Brasileira de Mastologia permanece em recomendar mamografia anualmente para mulheres após os 40 anos de idade.

 

Existem recomendações de trabalhos científicos realizados em outros países, como recentemente, no Canadá. Observamos um estudo baseado na avaliação de cerca de 9 mil mulheres, por um período médio de 25 anos , o qual não mostrou benefício algum na rotina de imagem anual após os 40 anos, no que se refere à diminuição da mortalidade feminina.  A pergunta que nos fica é: será que há igualdade nas populações de mulheres estudadas no estudo do Canadá e do Brasil? Ou são diferentes?

A ressonância magnética das mamas faz parte ativamente da avaliação das mamas no dia a dia do mastologista. Porém, deve ser usada com alguma parcimônia.

 

Atualmente, o que ouvimos em todo evento científico que participamos sobre câncer de mama, no Brasil ou mesmo no exterior, é que devemos sempre, individualizar o tratamento de cada paciente. Cada caso é um caso, e deve ser conduzido como tal.

O tratamento cirúrgico está cada vez mais refinado do ponto de vista estético, pois, o mastologista vive a realidade, sem volta, da cirurgia reparadora. Esta sim propicia à mulher um excelente tratamento cirúrgico oncológico, aliado ao máximo da estética. As reconstruções de mamas são realizadas em um mesmo tempo cirúrgico e a mulher vem se tornando a cada dia menos mutilada.

 

Atente-se, se você tem mais de 40 anos, consulte seu médico especialista periodicamente e faça mamografia uma vez por ano.

 

Antônio Eduardo Rezende de Carvalho – Mastologista e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Goiás

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