A aula do curso de Emergências em Pediatria, do último domingo (13), abordou a cetoacidose diabética, uma complicação grave da diabetes, quando o organismo produz ácidos sanguíneos em excesso.
Uma das professoras da ocasião foi a médica endocrinologista e membro do Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renata Machado.
Ela foi a responsável por apresentar informações gerais sobre a doença e mostrou os dados do estudo IDF Diabetes Atlas, da 9ª edição, que revelou que, no mundo, 1 milhão de crianças e adolescentes possuem diabetes tipo 1. O Brasil está em terceiro lugar no ranking, em termos de incidência e prevalência. Estima-se que existam de 10 a 20 casos por 100 mil habitantes do país.
“A diabetes é uma doença extremamente complexa e existe uma mistura de fatores que causam seu desenvolvimento. A genética é muito importante, mas não explica sozinha a todos os casos. Os fatores ambientais são relevantes, além de autoimunidade crônica e gatilhos, como infecções agudas”, afirmou a especialista, que também explicou sobre os tratamentos.
Outra professora da aula foi a médica especialista em pediatria, que possui área de atuação em Endocrinologia Pediátrica, Ivana Nader. Ela esclareceu especificamente sobre a cetoacidose diabética, que é gerada quando as concentrações de insulina no organismo são insuficientes.
“O paciente tem quadros de náuseas, vômitos, anorexia progressiva, dor abdominal, fadiga, sinais de desidratação, taquicardia e febre”, listou a médica.
Ivana também alertou que esse problema é a principal causa de morte em crianças e adolescentes com diabetes tipo 1, principalmente pela ocorrência de edema cerebral. Por isso, ela explicou detalhadamente como deve ser feito o controle glicêmico, inclusive com os cálculos de carboidratos.
Você pode conferir a aula completa no canal no Youtube do Cremego: bit.ly/3pOwmiI
(Texto aprovado pelo Secretário/Cremego 14/06/21)