O Cremego recebeu, no dia 17, diretores técnicos e representantes dos médicos que atuam nas maternidades públicas de Goiânia e da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (FUNDAHC).
O objetivo do encontro foi debater e buscar soluções para a grave crise que afeta as maternidades da capital e vem comprometendo o trabalho médico e o atendimento à população.
Os problemas se arrastam desde a gestão municipal anterior e foram agravados por cortes nos repasses às maternidades implementados pela atual administração da capital.
A crise tem impactado diretamente o funcionamento das unidades, especialmente o fornecimento de insumos e o pagamento de prestadores de serviço. Parte dos atendimentos está suspensa.
A situação mais crítica foi registrada na Maternidade Célia Câmara, onde a interrupção do serviço de anestesiologia inviabilizou a realização de partos normais e cesarianas.
Além dos conselheiros e diretores do Cremego, participaram da reunião o diretor técnico da Maternidade Nascer Cidadão, Harley Ricardo Rodrigues; o diretor técnico do Hospital e Maternidade Dona Íris, Tarik Kassem Saidah; a diretora técnica do HEMU, Cristiane de Souza Carvalho; a diretora técnica da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Dandara Ferreira de Almeida Oliveira; o representante da FUNDAHC, Rogério Araújo de Paula; e o representante do corpo clínico da Maternidade Célia Câmara, Ediberto Marcolino Vieira Filho.
O Cremego vai encaminhar ofícios à Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público, OAB e Simego solicitando providências para garantir a assistência às pacientes e as condições necessárias ao exercício ético e seguro da medicina. O Conselho também poderá convocar uma Plenária Temática com a presença de representantes do Ministério Público, Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Câmara Municipal de Goiânia, diretores das Maternidades Estaduais e Municipais de Goiânia e imprensa para debater a crise.