Confira algumas reportagens publicadas no dia 17/01/12 sobre a denúncia de crise na saúde feita pelo Cremego ao Ministério Público Federal:

A REDAÇÃO

“Médicos estão escolhendo quem morre e quem vive”

 

Catherine Moraes

 

“Os médicos estão escolhendo quem morre e quem sobrevive. A cada dia de trabalho, se deparam com inúmeras questões éticas e o nível de stress chegou ao limite. Faltam medicamentos, equipamentos, material, falta até água e sabão para lavar as mãos. O Cremego já não se importa se quem vai gerir os hospitais são Organizações Sociais ou não, queremos apenas que o sistema funcione. Diante de tudo isso, a questão salarial, que também é vergonhosa, toma lugar secundário. Goiás atravessa a pior crise da história no quesito saúde.”

Salomão Rodrigues Filho, presidente do Cremego

A crise na saúde municipal e estadual é denunciada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremego) há mais de um ano, de forma insistente. Ainda assim, Salomão Rodrigues afirma que nada foi feito e não atribui a culpa ao secretariado. Para ele, os secretários até desejam uma realidade diferente, mas estão de mãos atadas. Por esse motivo, o conselho encaminhou um ofício ao Ministério Público Federal (MPF) pedindo “socorro”.

Segundo o ofício, a saúde pública do Estado vive a pior e maior crise de todos os tempos e, por esse motivo, o pedido é que sejam tomadas providências imediatas. Entre as falhas apontadas estão a falta de materiais básicos, deficiências estruturais e de higiene e ainda a falta de profissionais de saúde.

De acordo com o Cremego, as denúncias são comprovadas por cópias de relatórios de vistorias feitas pelo conselho no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital Materno Infantil (HMI).

Inquérito
Salomão Rodrigues conta que, apesar de não ser um comunicado oficial, o MPF deve abrir um inquérito civil público. Com isso, devem ser convocados prefeitos das principais cidades e o governador Marconi Perillo para tentar solucionar os problemas. “Procuramos o MPF porque não conseguimos nenhum resultado até o momento. Além disso, os hospitais são geridos com recursos federais e, assim sendo, esperamos que finalmente haja uma solução”, completa o presidente.

Plantões desabastecidos
Em dezembro passado o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) teve alto número de profissionais que pediram demissão. “Não sabemos ao certo quantos médicos pediram o desligamento, mas sabemos que são vários já que os plantões que antes contavam com quatro ou seis profissionais, hoje possuem apenas dois ou até apenas um”, afirma o diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos (Simego), Robson Azevedo.

“Há dois finais de semana, tivemos um médico e uma enfermeira para atender 36 pacientes em duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hugo. Ele chegou a registrar ocorrência porque a situação é inaceitável. Pelo Ministério da Sáude, o recomendado são onze pacientes por médico e já acredito que esse número precise ser revisto”, completa Salomão.

Em outro episódio, o Hospital de Urgências chegou a transportar pacientes para serem atendidos em Santa Helena (GO) com uso do helicóptero do Corpo de Bombeiros. Isso porque não há ortopedistas e neurocirurgiões suficientes para atender a demanda. “Geralmente é a capital que atende o interior, mas estamos vendo uma alteração no fluxo”, afirma o presidente do conselho.

Rede Municipal
Apesar das denúncias atuais se referirem a hospitais estaduais, Salomão afirma que está sendo realizado um novo raio-x da situação da rede municipal de saúde. Ele adianta que o relatório será divulgado na próxima semana e lamenta que a situação não avançou positivamente desde o ano passado, quando a situação dos Centros de Assistência Integral à Saúde (Cais) foi amplamente divulgada na mídia.

 

Conselho de Medicina cobra ação do MPF para apurar falhas em hospitais


A Redação

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) solicitou a intervenção do Ministério Público Federal (MPF) para apurar a situação dos hospitais públicos estaduais. Entre as falhas apontadas por ofício enviado pelo Cremego ao órgão, estão a falta de materiais básicos, deficiências estruturais e de higiene e falta de profissionais de saúde. De acordo com o Cremego, as denúncias são comprovadas por cópias de relatórios de vistorias feitas pelo conselho no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital Materno Infantil (HMI).

As denúncias também foram protocoladas no Conselho pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e por médicos das unidades de saúde. Segundo a assessoria do Ministério Público Federal, o procurador da República Ailton Benedito está analisando o material entregue para decidir que providências tomar. Em dezembro, o MPF instaurou inquérito civil público para apurar as denúncias de precariedade do sistema de  saúde em Goiás. Na época, a representação recebida pelo MPF já apontava problemas como falta de insumos, medicamentos, profissionais e leitos de UTI.

No ofício entregue ao MPF, o Cremego cita a intenção do governo estadual de terceirizar a gestão dos hospitais públicos para Organizações Sociais (OS) e a divulgação de que pacientes da capital estariam sendo transportados por meio de helicóptero do Corpo de Bombeiros para o Hospital de Urgências de Santa Helena de Goiás por falta de condições de atendimento nos hospitais de Goiânia. As denúncias ao MPF foram protocoladas em 19 de dezembro de 2011

A reportagem procurou a Secretaria de Estado da Saúde, que não se posicionou sobre o tema até as 11 horas desta segunda-feira (16/1).

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O POPULAR

Hospitais

Saúde anuncia redução de mortes no Hugo

Alfredo Mergulhão

“O que estamos vendo são médicos tendo de escolher quem vai viver. Precisamos de intervenção imediata.”
Salomão Rodrigues Filho, presidente do Cremego

“Analisar a quantidade isoladamente não significa melhora no atendimento. Essa é uma realidade que ninguém está vendo.”
Robson Azevedo, diretor do Simego

No mesmo dia em que o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) reforçou a preocupação com “a crise sem precedentes” na área, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) apresentou dados que podem servir de alento aos usuários da rede pública. Conforme as informações oficiais, o número de mortes no principal hospital de urgências de Goiás reduziu em 24% no último ano. Em 2010 foram registradas 2.814 mortes contra 1.574 no ano passado, uma diminuição de 44%.

No entanto, nos Hospitais de Urgências de Anápolis (Huana) e de Aparecida de Goiânia (Huapa) houve mais mortes. O aumento no Huana foi de 17% e no Huapa de 14%. Os dados consideram todas as mortes de pessoas que deram entrada nas unidades de saúde em situações de urgência e emergência, o que inclui óbitos por acidentes de trânsito e violência interpessoal.

O desempenho é atribuído sobretudo ao esforço das equipes que trabalham nos hospitais. Para o secretário da Saúde, Antônio Faleiros, a crise estrutural da rede pública ficou mais visível no ano passado, mas os números mostram que ela já existia. “Temos sérios problemas, mas ainda conseguimos prestar enormes serviços à sociedade”, diz.

O diretor do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo, sustenta que os números divulgados não refletem a realidade. “Analisar a quantidade isoladamente não significa melhora no atendimento. Essa é uma realidade que ninguém está vendo”, afirmou. O médico considera os dados divulgados insuficientes para sustentar que houve uma melhora.

Segundo Robson Azevedo, a redução dos óbitos pode estar relacionada às blitz e radares de trânsito e também ao atendimento pré-hospitalar prestado pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Não dá para afirmar uma melhora quando pacientes são levados de helicóptero para outro hospital por falta de atendimento, quando médicos vão à televisão chorar pelas más condições de trabalho e fazem boletim de ocorrência para se resguardar de possíveis problemas”, disse.

Denúncia

Na tarde de ontem, o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, informou que apresentou duas representações no Ministério Público Federal (MPF) para conseguir providência contra a crise na saúde. O documento foi amparado por relatórios de vistoria realizados nos hospitais públicos de referência do Estado, como Hugo, Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital Materno-Infantil (HMI).

Salomão Rodrigues Filho classifica o momento como a “mais grave crise da história da Saúde em Goiás”. Como o problema se arrasta há mais de um ano, ele pediu providências ao MPF. “O que estamos vendo são médicos tendo de escolher quem vai viver. Precisamos de intervenção imediata”, afirmou.

Mas a solução não virá tão rápida. O procurador Aílton Benedito, que recebeu a denúncia, anexou os documentos a inquéritos já em andamento sobre a aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde (SES) no Estado. Uma auditoria foi solicitada ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), órgão do Ministério da Saúde que audita as contas do SUS. “Precisamos de informações detalhadas para agir”, disse. O prazo para terminar as auditorias é de 90 dias, contados a partir da semana passada.

O HOJE

Cremego denuncia crise na saúde ao Ministério Público Federal

Diante do que considera a maior e pior crise já enfrentada pela rede pública de saúde em Goiás, o Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) recorreu ao Ministério Público Federal (MPF) em busca providência para os problemas que vêm se agravando a cada dia e afetando o trabalho dos médicos e a assistência à população. O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, denunciou ao procurador da República, Ailton Benedito, que os hospitais públicos estaduais enfrentam problemas graves e incompatíveis com as normas de saúde pública editadas pelo Ministério da Saúde.

Entre as falhas denunciadas e comprovadas por cópias de relatórios das vistorias feitas pelo Cremego no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Geral de Goiânia (HGG) e Hospital Materno Infantil (HMI) estão desde a falta de materiais básicos, deficiências estruturais e de higiene ao déficit de profissionais de saúde. As deficiências também são confirmadas por denúncias protocoladas no Conselho pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e por médicos dessas unidades de saúde.

No ofício entregue ao Ministério Público Federal, o Cremego cita a intenção do governo estadual, já veiculada pela imprensa, de terceirizar a gestão dos hospitais públicos para Organizações Sociais (OS) e a divulgação de que pacientes da capital estariam sendo transportados por meio de helicóptero do Corpo de Bombeiros para o Hospital de Urgências de Santa Helena de Goiás por falta de condições de atendimento nos hospitais de Goiânia.

“Considerando que os referidos hospitais administram recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e considerando a necessidade de proteção da classe médica e de toda a população que busca assistência nas unidades de saúde, o Cremego solicitou a intervenção do Ministério Público Federal para que sejam adotadas as medidas cabíveis para salvaguardar os pacientes que dependem do atendimento no Hugo, HDT, HGG, HMI e demais unidades públicas de saúde.

Por várias vezes, o presidente do Cremego já cobrou providência das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde, mas pouco ou nada foi feito para solucionar os problemas, que continuam afetando o trabalho dos médicos e a qualidade da assistência prestada à população. As denúncias ao MPF foram protocoladas em 19 de dezembro de 2011 e o Cremego aguarda a ação do órgão. (Cremego)

 

TV ANHANGUERA (clique no ícone para acessar a matéria correspondente)

Cremego denuncia crise da saúde pública goiana para Ministério Público Federal

(http://g1.globo.com/videos/goias/t/jatv-2-edicao/v/cremego-denuncia-crise-da-saude-publica-goiana-para-ministerio-publico-federal/1771005/)

 

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