O promotor explica que articulou a inspeção com o intuito de promover a participação dos Conselhos na fiscalização, a fim de contribuir para a construção de soluções e não apenas apontar falhas. Cerca de dez representantes das entidades observaram as instalações do Centro de Assistência e também a assistência médica, farmacêutica, odontológica, biomédica, de enfermagem, dentre outras, com o objetivo de levantar os problemas que afetam a prestação do serviço de saúde na unidade.
O médico João Martins, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), integrou a equipe que fez a inspeção. Ele anotou as observações e preparará um relatório para ser apresentado ao Ministério Público, assim como os representantes das demais entidades que integram o Fórum. Num segundo momento, o resultado da inspeção e as medidas a serem tomadas para sanar os problemas serão discutidos com o poder público.
OS conselhos terão até 15 de setembro para enviar o relatório técnico para o Ministério Público, que analisará os documentos e emitirá um parecer final. “Essa visita técnica é feita em duas etapas. A primeira é o diagnóstico da situação e a segunda é a análise dos relatórios por parte do Ministério Público. Em seguida, vamos definir as medidas necessárias para o local. Tudo será feito com muito diálogo entre as instituições e o município. Nosso objetivo não é prejudicar a unidade nem a população”, destacou José Augusto.
O diretor de Vigilância Sanitária, Luciano de Moura Carvalho, disse que a maioria das reclamações tem a ver com a urgência, pois o ambulatório está com uma melhor estrutura, uma vez que foi reformado há três anos. Entretanto, ele afirmou que serão necessárias novas adequações em toda a unidade. De acordo com Luciano de Moura, a Secretaria de Saúde está contribuindo com a fiscalização e seguirá as orientações definidas pelos órgãos.
Estrutura técnica
A unidade divide seus atendimentos entre urgência e ambulatório. Cerca de 1,4 mil consultas são realizadas semanalmente e em torno de 400 atendimentos de urgência por dia. Trabalham em média 70 médicos na urgência e 20 no ambulatório, além dos profissionais das áreas de enfermagem, odontologia, técnicos, administrativos, limpeza e manutenção. O Cais foi inaugurado há mais de 20 anos e passou apenas por uma reforma.
O Fórum dos Conselhos Regionais é coordenado pela presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Ivete Santos Barreto, e também é composto pelos Conselhos Regionais de Biomedicina, de Farmácia, de Odontologia, de Nutrição, de Psicologia, de Fonoaudiologia, de Psicologia, de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, de Serviço Social, de Educação Física e de Biologia. (Charles Daniel com Secom – Fonte: Diário de Aparecida)
Rosane Rodrigues da Cunha/Assessora de Comunicação – Cremego 19/08/16