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Com presença de representantes de entidades médicas e jurídicas, gestores públicos e profissionais de outras áreas da saúde, Conselho traçou o cenário atual da assistência e o que deve ser aprimorado

A segurança do paciente foi tema de um fórum multidisciplinar realizado pelo Cremego, na manhã do sábado (4 de outubro).

O evento, coordenado pela Câmara Técnica de Segurança do Paciente do Cremego, reuniu gestores públicos e representantes de entidades hospitalares e médicas, médicos, demais profissionais da saúde e também do ramo jurídico.

“Estamos realmente seguros como pacientes? A segurança não é apenas um conceito técnico, mas também ético”, questionou o presidente do Conselho, Rafael Martinez, lembrando que se trata de uma construção coletiva, a partir de uma cultura de responsabilidade.

Ele listou que a capacitação contínua, orientação e engajamento dos pacientes e familiares, padronização de recursos tecnológicos, protocolos, comunicação eficaz, gestão de riscos, apoio institucional e governança são alguns dos pilares que contribuem para esse esforço.

No entanto, é preciso entender a diferença entre o que é uma assistência realmente segura e a percepção de segurança, como relatou Haikal Helou, presidente do Conselho de Administração da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).

“Em uma cidade em que o critério para ter segurança é conhecer as pessoas certas, não estamos seguros”, alertou ele, a respeito de Goiânia.

Para o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, mais do que ter uma boa equipe de profissionais, é preciso ter estrutura e protocolos bem definidos.

“Talvez, não haja nada mais nefasto na segurança do paciente do que a superlotação” afirmou, também citando a multiplicidade de unidades de saúde que podem confundir o paciente.

“Precisamos do paciente no lugar certo, no tempo certo, com os cuidados certos. O papel do gestor é garantir esse cenário”.

TCLE

Um dos pontos abordados no Fórum Multidisciplinar foi a importância de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) adequado a cada paciente.

A presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB Goiás, Caroline Santos, ressaltou que esse documento deve ser mais humanizado e não algo genérico para todas as situações.

“Entregue você, na consulta, o TCLE, porque é você que irá realizar o procedimento. Assine também”, aconselhou ela.

Cultura de segurança do paciente

Também não pode faltar o estímulo a uma cultura de segurança do paciente, segundo a coordenadora municipal de Segurança do Paciente e Controle de Infecção de Goiânia, Zilah Cândida das Neves.

“Os funcionários devem ser encorajados a comunicar incidentes, sem punição. Com a comunicação, saberemos onde está o perigo”, esclareceu.

“É necessário encarar o erro de forma construtiva, como uma oportunidade de aprendizado”, acrescentou Cassius Marcellus Rodrigues, promotor do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO).

Já no âmbito da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg), é preciso ir além das metas internacionais de segurança, de acordo com a coordenadora do departamento de Qualificação da instituição, Juliana Oliveira.

São diversas as engrenagens que precisam de atenção e que foram listados por ela, como lavanderia, planos de treinamentos, e análises de indicadores, entre outros.

“É essencial o esforço de todas as organizações”, reforçou, descrevendo as etapas da metodologia de qualificação desenvolvida com o apoio da Federação Brasileira de Hospitais (FBH).

“Nosso intuito é garantir a segurança em todos os níveis de saúde e que essa metodologia possa ser replicada em outros estados”, descreveu Juliana.

A experiência do paciente

“Precisamos voltar a aprender a cuidar, não só tratar”. Assim destacou a médica infectologista Sheila Paiva, a respeito da segurança na ótica do paciente.

Ex-diretora da Sociedade Brasileira de Experiência do Paciente (Sobrexp), Sheila descreveu que eficiência e sustentabilidade dos processos estão por trás da possibilidade de ter tempo suficiente para se conectar com o paciente e personalizar o cuidado.

Essa é uma estratégia de competitividade no mercado. “Além de sermos bom tecnicamente, precisamos voltar a sermos profissionais de saúde acolhedores”.

Segurança no Ato Anestésico

Durante o evento, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest-GO), a Sociedade de Anestesiologia do Estado de Goiás (Saego) e o Cremego lançaram uma campanha sobre a segurança do paciente durante os atos anestésicos.

Por meio de conteúdos multimídia e ações em unidades de saúde, o objetivo é reforçar que os variados tipos de sedação devem ser realizados por médicos anestesiologistas.

“Em nome do Cremego, faço o compromisso de não medir esforços em melhorar a segurança do paciente”, afirmou Rafael Martinez, encerrando o evento que contou também com as presenças do promotor de Justiça, Vinícius Jacarandá Maciel, o presidente da Ahpaceg, Renato Daher, o presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg), Gustavo Clemente, o presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – regional Goiás, Wernon de Freitas, e o secretário Municipal de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer.

Também prestigiaram o evento conselheiros do Cremego, o diretor de Fiscalização e médico anestesiologista Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro, e o médico fiscal do Cremego Saul Ezrom de Miranda Xavier, que explicou como funciona a fiscalização do Conselho.

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