O Cremego prestou uma homenagem, no dia 22 de outubro, aos médicos Ary Monteiro do Espírito Santo, Dilson Antunes de Oliveira, Edemundo Fernandes de Carvalho, Iraydes Duarte da Cunha Freitas, José Cassiano Neto, Marcius de Santana Rios e Cyro Campos, que faleceu no dia 22 de setembro. Em solenidade realizada na sede do Conselho, com as presenças de diretores e conselheiros do Cremego, autoridades da área da saúde, parentes e amigos, eles receberam o troféu de Honra ao Mérito Profissional Médico. Ary Monteiro recebeu a homenagem das mãos do corregedor de Processos do Cremego, Lueiz Amorim Canêdo. O primeiro secretário do Conselho, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, entregou o troféu a Dílson Antunes de Oliveira. Para a entrega da homenagem a Edemundo Fernandes de Carvalho foi convidado o filho dele, o médico Edmundo Fernandes de Carvalho Filho. A segunda tesoureira do Cremego, Maria Luiza Barbacena, entregou o troféu à médica Iraydes Duarte da Cunha Freitas; o vice-presidente Adriano Alfredo Brocos Auad, ao homenageado José Cassiano Neto; o diretor de Fiscalização, Ciro Ricardo Pires de Castro, a Marcius de Santana Rios, e o conselheiro Reginaldo Bento Rodrigues entregou o troféu dedicado a Cyro Campos à viuva do homenageado, a médica Nicean Serrano Telles de Souza Campos. presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, explicou que essa homenagem foi uma forma encontrada pelo Conselho para agradecer e mostrar à classe médica e à sociedade um pouco da atuação desses profissionais que fazem parte da história da medicina goiana. O secretário Municipal de Saúde, Paulo Rassi, destacou a importância da comenda. “Ao homenagear profissionais que são um exemplo para toda a classe médica, o Cremego vem ajudando a escrever a história da medicina em Goiás”, disse. Presidente da Academia Goiana de Medicina, Joaquim Caetano de Almeida Netto, também elogiou a iniciativa do Conselho, que, segundo ele, resgata a importância da dedicação e do humanismo no exercício da medicina. Falando em nome dos homenageados, Ary Monteiro do Espírito Santo, agradeceu a outorga da comenda. Criada em 2005, como parte das comemorações do Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, a homenagem é entregue todos os anos a profissionais que são considerados um exemplo para toda a classe médica goiana e a sociedade. Os homenageados são escolhidos pelos conselheiros com base em critérios como ter mais de 35 anos dedicados à medicina e uma conduta ético-profissional exemplar. Em 2005, foram homenageados os médicos Cláudio de Almeida Borges, José César de Castro Barreto, José Quinan, Luiz Rassi e Philemon Xavier de Oliveira. Em 2006, receberam a homenagem os médicos Aldemar de Andrade Câmara, Anis Rassi, Francisco Ludovico de Almeida Neto e Joffre Marcondes de Rezende. Em 2007, foram condecorados os médicos Anapolino Silvério de Faria, Dilair de Faria Vasconcellos e Willliam Barbosa. Em 2008, a médica Eleuse Machado de Britto Guimarães e os médicos Hélio Freire Nogueira, Jesus Benedicto de Mello, Manoel dos Reis e Silva, Omar Carneiro e William José Álvares. No ano passado, foram homenageados Abílio Maranhão Gonçalves, Adalberto Cavarsan, Aluízio Ramos de Oliveira, Dalmo Barbosa de Castro, Francisco Filgueiras Júnior, Jamil José Daher e Walter Hugo Frota. Saiba mais sobre os homenageados em 2010 Ary Monteiro do Espírito Santo (CRM 629) – Natural de Goiânia, ele tem 71 anos de idade. Formou-se em medicina em 1965, aos 26 anos, pela Universidade Federal de Goiás (UFG), iniciando uma carreira com grande atuação nas áreas médica, acadêmica, científica e classista. Especialista em gastroenterologia e em clínica cirúrgica, Ary Monteiro acumulou ao longo de 45 anos de medicina inúmeros trabalhos publicados e apresentados em eventos científicos. Trabalhou e foi diretor-geral e chefe do pronto-socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UFG, é um dos sócios-fundadores do Hospital e Maternidade Vila Nova; foi professor da Faculdade de Medicina da UFG, pró-reitor de Assuntos Comunitários e reitor da instituição entre 1994 e 1997. A dedicação aos pacientes e a militância acadêmico-científica não impediram o médico de se dedicar à organização e ao fortalecimento das entidades representativas da classe médica e da rede hospitalar goiana. Ele presidiu a Sociedade Goiana de Gastroenterologia, foi vice-presidente, diretor-secretário e secretário-geral da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás, vice-presidente da Unimed Goiânia, diretor da Associação Médica de Goiás e, por vários mandatos, conselheiro do Cremego. Cyro Campos (CRM 394) – Nascido em Itumbiara, no dia 31 de maio de 1930, Cyro Campos formou-se em odontologia em 1951 e, sete anos depois, aos 29 anos, concluiu o curso de medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De 1960 a 2007, atuou em Goiânia nas áreas de gastroenterologia e radiologia. Foi médico plantonista do Serviço de Atendimento Médico Domiciliar, médico perito do IAPC e chefe do setor médico de pessoal do antigo Inamps. Na área acadêmica, foi professor assistente da disciplina de gastroenterologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFG. chefe do Departamento de Clínica Médica e professor adjunto do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da UFG. Foi presidente da Sociedade Goiana de Gastroenterologia, sócio e membro da Comissão Científica da Associação Médica de Goiás e sócio da Federação Brasileira de Gastroenterologia. Cyro Campos faleceu no último dia 22 de setembro. Dílson Antunes de Oliveira (CRM 708) – Nascido em Goiânia, Dilson Antunes de Oliveira, hoje com 70 anos de idade, formou-se em medicina há 46 anos pela Universidade Federal do Paraná. Em 1967, após dois anos de estágio no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, retornou a Goiânia, sendo pioneiro na área de nefrologia na capital. Aqui, ao lado do colega médico Dezir Vêncio, foi responsável, em 1972, pela realização da primeira sessão de hemodiálise feita no Centro-Oeste do País. O procedimento foi realizado no Hospital das Clínicas da UFG e representou um grande avanço na área médica, um momento histórico do qual Goiás tem a honra e o orgulho de fazer parte. Professor da disciplina de nefrologia da Faculdade de Medicina da UFG até 1991, quando se aposentou após 24 anos de magistério, Dílson Antunes de Oliveira continua lecionando voluntariamente. Ex-diretor geral do Hospital das Clínicas da UFG, sócio-fundador do Instituto de Nefrologia, ele também contribui com seu pioneirismo para a organização da classe médica em Goiás, tendo sido um dos fundadores e primeiro presidente da Sociedade Goiana de Nefrologia. Edemundo Fernandes de Carvalho (CRM 345) – Natural de Uruaçu, Edemundo Fernandes de Carvalho tem 83 anos de idade. Ele formou-se em medicina aos 32 anos pela Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Dois meses após a formatura, em 1959, retornou a Uruaçu, onde exerceu a medicina por várias décadas, tendo se dedicado especialmente à área de saúde pública. No município do interior goiano, iniciou sua intensa carreira profissional como médico e diretor de órgãos como o Serviço Especial de Saúde Pública e Osego. Em 1964, ajudou na construção e foi o primeiro médico do Hospital Filantrópico São Vicente de Paula. Em 1972, construiu a Clínica São Lucas para atendimento particular, trabalho que sempre conciliou com o serviço público. Em 1998, aposentou-se no serviço público. Mas, nunca deixou de lado a participação em jornadas médicas. Também continuou fazendo atendimento médicos esporádicos. Iraydes Duarte da Cunha Freitas (CRM 493) – Natural de Santa Cruz de Goiás, ela tem 81 anos de idade. Formou-se em medicina aos 29 anos, em 1957, pela então Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Distrito Federal, do Rio de Janeiro. Fez a parte prática de laboratório, clínica médica, cirurgia, pronto-socorro e maternidade no Hospital Miguel Couto, um dos maiores do Rio de Janeiro. Em 1959, casou-se com o também médico Ruffo de Freitas e se mudou para Campina Verde (MG), onde exerceu a medicina ao lado do marido de 1960 a 1963. Em busca de maior aperfeiçoamento profissional, o casal voltou o Rio de Janeiro para cursos de especialização e atualização, sempre no Hospital Miguel Couto. Ainda em 1963, mudaram-se para Goiânia, onde, ao lado dos médicos Milton Barbosa de Lima e Marco Antônio de Castro, fundaram o Hospital e Maternidade de Maio.A ginecologista e obstetra trabalhou no Hospital e Maternidade de Maio até 2008, quando se aposentou, deixando uma grande contribuição para a medicina goiana. José Cassiano Neto (CRM 586) – Nascido em Orizona, José Cassiano Neto, de 74 anos de idade, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1957. Formou-se aos 28 anos de idade, mas não abandonou os estudos. Cursou pós-graduação e mestrado em cardiologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O meio acadêmico ainda fez parte da vida do médico por muitos anos. De 1965 a 2006, foi professor adjunto de cardiologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFG. Seus ensinamentos também foram além das salas de aula, sendo registrados no livro “Disfunção do Nódulo Sinoatrial”, publicado em 1975. José Cassiano Neto também é colaborador em livros dos médicos Celmo Celeno Porto e Antônio Carlos Gomes. Atualmente, trabalha diariamente em seu consultório no Hospital do Coração, em Goiânia. Sempre que possível, retorna às salas de aula, como professor voluntário da Faculdade de Medicina da UFG e colaborador no ensino e aperfeiçoamento dos médicos residentes da instituição. Marcius de Santana Rios (CRM 459) – Natural de Goiás, Marcius de Santana Rios tem 78 anos de idade. Formou-se em medicina aos 29 anos na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, instituição que escolheu por vislumbrar a possibilidade de atuar em grandes hospitais, como a Santa Casa, o São Francisco e o Hospital Universitário Grafée Guinle. Foi monitor da Cadeira de Obstetrícia da Maternidade Escola. Durante o curso de medicina, também participou de pesquisas científicas e trabalhou com o professor Carlos Chagas Filho. Atraído pelo campo científico e disposto a trabalhar em Goiás, se especializou em cirurgia geral e retornou ao interior goiano, recusando, inclusive, a oportunidade de se matricular em um curso de dois anos na França. Em Goiás, trabalhou em hospitais da antiga capital, em Jussara, Inhumas, Itumbiara e também do Distrito Federal. Radicado em São Miguel do Araguaia, ele construiu o primeiro hospital da cidade, onde atuou por mais de 20 anos até se mudar para Goiânia, onde trabalhou na Santa Casa de Misericórdia, no Hospital Materno Infantil e no Tribunal de Justiça, colaborando com a estruturação do serviço de atendimento aos funcionários do judiciário.
Cremego comemora o Dia do Médico com homenagem a pioneiros da medicina em Goiás
25/10/2010 | 02:00