O médico Pastor Contreras Zambrana foi interditado cauterlarmente pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Com a interdição cautelar – aprovada pela diretoria do Cremego em reunião realizada hoje (11) à tarde e confirmada agora à noite pela plenária do Conselho -, Zambrana está impedido de exercer a medicina até a conclusão e o julgamento do processo instaurado pelo Cremego para apurar a responsabilidade dele na morte da paciente Elaine Paula de Sousa. O Cremego instaurou uma sindicância para apurar o caso, logo que tomou conhecimento pela imprensa da morte da paciente na terça-feira, dia 9, após receber a anestesia durante os preparativos para uma cirurgia de lipoaspiração, que seria realizada por Zambrana no Hospital e Maternidade Santa Margarida, localizado em Palmeiras de Goiás e de propriedade do médico. Segundo o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, a interdição cautelar foi aprovada diante dos indícios de infrações éticas que teriam sido cometidas por Zambrana, como a prática simultânea de ato anestésico e cirúrgico, a atuação em um hospital interditado pela Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária e o desrespeito à Resolução número 1.711/2003 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que exige que o médico tenha habilitação prévia em área cirúrgica geral para realizar cirurgias de lipoaspiração. Boliviano, naturalizado brasileiro, Zambrana formou-se na Bolívia e teve seu diploma revalidado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele está inscrito no Cremego desde 1988 e tem especialidade registrada em ortopedia e traumatologia.