Boletim Eletrônico Nº 423 30/09/13
Pesquisa Serpes revela a confiança da
população na honestidade da classe médica
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Serpes e publicada ontem (29) no jornal O Popular revela que 65,1% dos entrevistados confiam na honestidade dos médicos. De acordo com a pesquisa que avaliou a confiança da população na honestidade de oito categorias profissionais, 47,6% dos entrevistados consideram os médicos mais honestos do que desonestos e 17,5% consideram os profissionais da medicina muito honestos.
Com esse resultado, a classe médica ficou em segundo lugar entre os profissionais melhor avaliados, perdendo apenas para os jornalistas, considerados mais honestos do que desonestos por 40,1% dos entrevistados e muito honestos por 37,8%.
Os médicos tiveram uma avaliação melhor entre entrevistados do sexo masculino, com idades entre 35 e 49 anos e com formação escolar superior.
A pesquisa foi realizada nos dias 14, 15, 21 e 22 de setembro nas regiões Central, Norte Sul, Leste e Oeste de Goiânia e ouviu 401 pessoas. Além dos médicos e jornalistas, os entrevistados avaliaram a honestidade dos políticos, funcionários públicos, fiscais de renda, advogados, policiais e juízes.
Para o presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, o resultado da pesquisa demonstra a confiança da sociedade na classe médica. “A população confia na honestidade e seriedade dos médicos”, disse o presidente, para quem a pesquisa deixa claro que as pessoas sabem que o médico não é responsável pelos problemas que afetam a área da saúde.
Em situação oposta estão os políticos, entre eles os que tentam atribuir aos médicos a responsabilidade pelo caos na área da saúde. De acordo com a pesquisa, 83% dos entrevistados consideraram os políticos muito desonestos e 12,5% mais desonestos do que honestos. A categoria aparece em último lugar na pesquisa.
Cremego convida para a posse
dos novos conselheiros
O Cremego convida e conta com a presença de todos os médicos goianos na solenidade de posse de seus novos conselheiros, eleitos para a gestão 2013/2018. A posse será manhã, 1º de outubro, às 20 horas, no Cremego – Rua T-27, número 148, Setor Bueno, Goiânia/GO (entrada de eventos)
PALAVRA DE MÉDICO
CARTA AOS MÉDICOS (Boletim Eletrônico Nº 423)
É com muita tristeza e indignação que vejo este delicado momento histórico em que o nosso enfraquecimento político enquanto classe trabalhadora se faz tão presente. De fato precisamos mudar nossa atitude e creio que termos representantes nas instâncias do legislativo é de extrema importância. Aproveito aqui para dar destaque à atuação do colega Ronaldo Caiado sempre pronto na luta pelos direitos dos médicos.
No entanto creio ser necessária também uma reflexão sobre a nossa atuação junto aos nosso pacientes e ao próprio SUS. Tenho presenciado casos de profundo desrespeito pelo SUS enquanto patrimônio nacional e desrespeito pelos pacientes. Afinal, a relação médico-paciente tem sido há vários anos meu objeto de estudo, docência e pesquisa. Tenho escutado relatos sobre colegas que não cumprem horário nas unidades públicas onde trabalham, que atendem os pacientes de forma inadequada, rápida sem ao menos escutar suas queixas. Sei que muitos de nós está adoecido, com sérios transtornos mentais, sem muita força de vida, vendo tudo ao redor bastante nublado. Mas precisamos trabalhar com consciência, pois os pacientes não são culpados pelo caos ora apresentado pelo nosso governo. Se trabalharmos levando a sério nosso dia a dia teremos força para reivindicar junto ao governo e junto à população melhores condições de trabalho. Assim se fazem as greves no Japão: os trabalhadores dão o melhor de si durante um tempo e reivindicam seus direitos. Levar à mesa de negociações o nosso produto (nós mesmos) nas melhores condições pode ser um diferencial.
Também percebo que estamos em um tempo histórico em que talvez as marchas e passeatas sejam pouco mobilizadoras. Em tempos de mídias variadas vejo que é necessário trabalharmos com bons profissionais de publicidade e marketing. O governo “pegou pesado” no marketing em relação aos médicos cubanos e “fez a cabeça” da população. Precisamos usar das mesmas armas para vender o nosso produto: uma medicina de qualidade.
Profª. Dra. Rita Francis Gonzalez y Rodrigues Branco – CRM 3065
Sim! É exatamente assim que vamos mudar a saúde! Totalmente apoiado e vamos nos unir.
Dr. Marcos Vinícius Lassi Alves Leocádio – CRM 8882
Esta certo, dr. Salomão, nós temos o costume de criticarmos toda a classe política. Com razão pela grande maioria dos atuais mandatários dos Executivos e dos Legislativos e ainda sobra críticas para o Poder Judiciário que também está merecendo. A nossa classe, ao longo do tempo, tem se preocupado com saúde do povo, aprimorando o conhecimento e a qualidade dos serviços prestados aos brasileiros igual ou melhor que muitos países desenvolvidos.
Tem razão, sr. presidente, na política atual está quase tudo ruim, mas está na política a maioria das soluções dos problemas dos médicos, agora e principalmente do futuro. Vamos desencadear uma campanha de incentivo para vários colegas se candidatarem nas próximas eleições. Vamos participar efetivamente das campanhas junto ao eleitorado. Vamos mudar a política, o povo acredita nos médicos, o atual Governo não.
Eu já me filiei. A política nunca foi minha prioridade, mas agora poderei candidatar-me a Deputado Estadual. Sou de Paraúna, moro em Goiânia, sou médico do Trabalho no Hugo há nove anos e trabalho em Pires do Rio, Orizona e Cristianópolis. Se houver viabilidade serei candidato, se não, participarei ativamente do processo político, sem medo de ser rotulado de “político do contra”.
Dr. Sebastião Cordeiro Lopes – CRM 6517
Prezado amigo Salomão, quero parabenizá-lo mais uma vez, pelo grande trabalho desenvolvido a frente do nosso Cremego.Me coloco à sua inteira disposição aqui no Vale do São Patricio, exercendo meu quinto mandato, hoje vereador pela cidade de Ceres. Realmente, precisamos nos unir,cada vez mais.
Dr. Marciliano Antônio Borges – CRM 3177
Caro Dr. Salomão Rodrigues Filho, coordenador do Cemeg, é com alegria que vejo a nossa entidade maior, o Cremego, e as outras entidades médicas, com grandes preocupações frente ao movimento da valorização da profissão de médico, com dignidade, ética e salário justo. Sabemos que no Brasil, os Estados contratam médicos como auditores, analistas,… e nunca como médico. Quando os médicos são chamados a ser Secretários, Ministros, … agem como não médicos frente à classe médica e procedem como o nosso atual ministro da Saúde. Alegro-me que esta entidade esteja conclamando os médicos com perfil político para apoiarem e abraçarem a nossa causa. Acredito que no futuro poderemos sair dos embates, com mais vitórias.
Dr. Armando Santos – CRM 2925
Acho correto o que foi escrito, porém acredito que nossas entidades representativas também são necessárias e responsáveis, no que tange a uma atuação mais vibrante e que coloque e mostre o que classe médica faz e representa, nos moldes da OAB que não deixa seus membros vulneráveis. Não estou querendo corporativismo e, sim, defesa.
Dr. José Carlos Pafume – CRM 5377
Sempre defendi essa ideia de que nós médicos comprometidos com a saúde e a ética devemos ocupar espaços na esferas políticas. Eu particularmente tenho recebido inúmeros convites de partidos para uma provável candidatura a deputado federal e estou disposto a participar dessa luta se contar com o apoio dessa instituição.
Dr. Zacarias Calil Hamu – CRM 4145
Gostei muito da sua carta, dr. Salomão! Precisamos mesmo de médicos bem preparados e bem afinados com a política partidária para poderem representar toda a classe médica nos diversos planos da atividade política. Mas não basta ser médico. É imprescindível a experiência em outras áreas e, principalmente, ter uma cultura reconhecida além de sua própria atividade profissional.
Dr. José Vilmar Tavares – CRM 995
Concordo inteiramente com o documento. Os acontecimentos recentes fazem com que, infelizmente, tenhamos que realmente seguir a regra: médico vota em médico, esquecendo, partidos políticos e bandeiras ideológicas, a prioridade no momento é salvarmos o que ainda resta de uma medicina digna.
Dr. Nelson Rassi – CRM 3572
Brilhante desabafo do nosso presidente, dr. Salomão. Penso da mesma forma. Esqueceu-se falar a cerca da nova afronta a nossa classe. Notadamente a atuação dos farmacêuticos que querem de forma descabida e irresponsável prescrever medicamentos no balcão das farmácias, esquecendo, desculpe não sabendo mesmo o que é o conhecimento clínico. Desconhecendo que o ato de prescrever uma medicação consiste num momento apical de uma consulta médica, isto é chegar ate esse momento exige outros indispensáveis. Às vezes, acho que a insanidade afronta nossa classe. O momento é de redobrarmos nossa atenção ao paciente em todas as circunstâncias. Orientando-os e nos mostrando competentes e fraternos com nossos clientes.
Dr. Fabrício Borges – CRM 8877
Boletim Eletrônico – Ano 7 Nº 423 30/09/2013
Edição: Rosane Rodrigues da Cunha – MTb 764 JP
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