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Para debater sobre a qualidade dos exames de imagem na mastologia, especialmente a mamografia, o Cremego realizou uma plenária temática na noite da quarta-feira, 12 de abril.

A reunião foi presidida pelo presidente do Conselho, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, e contou com as presenças de conselheiros e diretores do Cremego, médicos mastologistas, ginecologistas e radiologistas que atuam nas redes pública e privada de saúde.

A conselheira e médica mastologista Rosemar Macedo explicou que está ocorrendo um aumento de exames apenas com o laudo ou com as imagens reduzidas, em uma só folha. Assim, há um prejuízo na avaliação dos resultados.

“Quando eu vejo uma lesão no exame, sem deixá-la para a mamografia do ano seguinte, eu estou protegendo essa paciente e o colega que laudou, para não ter um problema ético-profissional”, relatou.

Ela mencionou ainda que, de acordo com orientações do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), existe a possibilidade de o radiologista encaminhar as imagens digitais ao médico assistente, mas, segundo ela, nem todos os médicos, em seus ambientes de trabalho, têm estrutura para a leitura dos exames neste formato.

A preocupação com a qualidade dos exames mamográficos ganha ainda mais importância quando avaliados os dados alarmantes a respeito do câncer de mama. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 63 mil novos casos em 2023. Em Goiás, em média uma em cada 16 mulheres terão a doença.

Também participou do debate o presidente do Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radiologia do Estado de Goiás (Sindimagem), Marcelo Lauar. Ele explicou que, para ter uma mamografia de qualidade, é preciso documentar o exame em filme específico.

“É um exame sensível, com uma técnica ideal para fazê-lo. O arquivamento em CD e DVD não gera a resolução adequada. O melhor é ter uma dupla leitura na clínica de imagem e, depois, uma terceira leitura do mastologista. Quando tiramos do mastologista essa função, estamos prejudicando o paciente. A nossa posição, no Sindimagem, é que o exame de mamografia tem que ser entregue em filme”, afirmou.

Os participantes também ressaltaram a importância das imagens em filme para a condução do caso, como o encaminhamento da paciente para a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

O custo financeiro com a impressão da mamografia em filme, de acordo com os participantes, seja qual for ainda é inferior aos gastos com o tratamento de uma paciente diagnosticada com câncer de mama em estágio avançando.

Ao final da plenária, foi aprovada a elaboração de uma minuta pelo Cremego a respeito de uma possível obrigatoriedade da impressão da mamografia em filme. O documento será encaminhado ao Sindimagem, Sociedades de Mastologia e de Radiologia.

Também foi proposto o debate desta futura resolução na esfera federal, uma vez que ainda não existe nenhuma norma do tipo.

Fique atento ao site e redes sociais do Cremego para ver a evolução desse debate.

(matéria aprovada Presidência/Cremego 13/04/23)

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