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Com o tema “A prevenção da doença renal começa na infância”, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), com apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM), vai comemorar nesta quinta-feira, 10, o Dia Mundial do Rim. O objetivo das entidades envolvidas é aproveitar a data para conscientizar a população sobre a importância dos rins para a saúde e alertar para a necessidade da prevenção das doenças renais, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil e em Goiás, além deste alerta sobre a importância dos cuidados com a saúde e da prevenção da doença, a data será marcada também por uma grave denúncia a respeito da rápida deterioração das condições de atendimento na área de nefrologia em todo o País.

Há tempos, o setor de nefrologia, que atende atualmente mais de 110 mil brasileiros, vem enfrentando uma grave crise financeira. Os serviços de nefrologia credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) amargam uma defasagem de 40% entre o valor pago pelo SUS e o custo da sessão de diálise; estão há três anos sem reajuste; sofrem com as altas do dólar, custos com energia, água e pessoal e ainda convivem com cortes e constantes atrasos nos pagamentos.

 

Clínica de Itumbiara suspende atendimento a novos pacientes

Serviços, como a Clínica de Hemodiálise de Itumbiara, já comunicaram aos gestores de saúde a impossibilidade de receberem novos pacientes. Em ofício endereçado ao Cremego, em fevereiro, a responsável técnica pela clínica, Rosilane Ferreira Manfrim, explicou que a medida foi adotada para preservar o atendimento de pacientes já em tratamento.

O Cremego cobra do Ministério da Saúde e dos gestores do SUS no Estado e nos municípios uma solução urgente para esse problema que prejudica a assistência e representa uma ameaça à saúde e à vida dos pacientes. A crise enfrentada pelo setor de nefrologia afeta também os hospitais filantrópicos, como a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e o Hospital Araújo Jorge, e já levou parte dos hospitais privados conveniados a suspender 80% do atendimento pelo SUS, comprometendo, principalmente, a realização de cirurgias eletivas em Goiás.

 

Saúde precisa de mais recursos

Um levantamento divulgado na semana passada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) apontou que os governos federal, estaduais e municipais aplicaram, em 2014, R$ 3,89 per capita/dia para cobrir as despesas públicas com saúde dos mais de 204 milhões de brasileiros. Ao todo, o gasto por pessoa em saúde naquele ano foi de R$ 1.419,84, valor inferior ao da média das Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Goiás, os investimentos foram ainda menores: o Governo Estadual investiu R$ 1,14/dia per capita em saúde e Goiânia, R$ 2,33/dia. 

Em fevereiro, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),  a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) e a Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (Fenapar) se reuniram em audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, e com os titulares da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, e da Coordenação-Geral de Média e Alta Complexidade, Maria Inez Pordeus Gadelha, além da senadora Ana Amélia (PP-RS), para alertar sobre a crise na nefrologia.

Segundo a SBN, apesar de o ministro reconhecer que o valor pago pelo SUS pela sessão de hemodiálise está muito defasado – R$ 179,03 para pacientes soronegativos e R$ 265,41 para pacientes soropositivos para hepatite B e C e HIV -, ele foi enfático em afirmar que o Ministério não possui recursos para qualquer tipo de reajuste, mas se comprometeu a conversar com a presidente da República, Dilma Rousseff, para tentar conseguir recursos.

 

 

(Assessoria de Comunicação/Cremego 09/03/16)

 

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