O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) apoia a posição do Ministério da Saúde contrária ao uso do termo “violência obstétrica”. Entendemos que a adoção desse termo para adjetivar problemas da assistência no parto é totalmente inadequada, pejorativa, estimula conflitos entre pacientes e médicos nos serviços de saúde, quebra o princípio da harmonia nas equipes multiprofissionais, além de não trazer benefícios às gestantes e transferir de modo inconsequente para os médicos, especialmente para ginecologistas e obstetras, a responsabilidade pelas mazelas da saúde (pública ou privada) no atendimento obstétrico.
O Cremego rechaça qualquer forma de violência ou mau atendimento a pacientes, em qualquer situação, e reafirma seu compromisso de continuar trabalhando para melhorar a assistência à saúde da população e as condições de trabalho para que os médicos possam seguir exercendo a medicina com ética, humanidade e segurança.
(Rosane Rodrigues da Cunha/ Assessora de Comunicação Cremego 10/05/19)